domingo, 20 de dezembro de 2009

Dancing!

Creio que o moço da dancinha aí, me seria um cliente e tanto. Inveja! No mínimo, deve ser funcionário de cia. aérea.



Repito:

"Um dia é preciso parar de sonhar e, de algum modo, partir."
Amyr Klink

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Jane Birkin


Dia desses acordei com vontade de ouvir música francesa. Garimpando em alguns guias, esbarrei em nomes já conhecidos como Piaf e Carla Bruni. Acabei também descobrindo alguns outros que, até então, apenas me soavam familiares: Françoise Hardy e Jane Birkin.
Françoise é ótima, não resta dúvida, mas fiquei especialmente encantado com Jane. A voz dela é um suspiro. Suave. Quente. Basta ouvi-la, o coração aquece.


Pra quem acha que não a conhece, quando ouvir "Je t'aime... moi non plus" vai logo lembrar da trilha do Big Brother Brasil em que a moça, em dueto com Serge Gainsbourg, cantava deliciosos sussurros. Foi essa mesma música que causou o maior escândalo em seu lançamento nos anos 70. Só escutando para entender o porque. Serge havia composto a música para gravá-la com seu affaire, nada mais, nada menos que Brigitte Bardot, mas ao pressentir o que estava por vir, Brigitte abandonou o barco. E foi então a predestinada Jane que protagonizou a polêmica e, para arrematar, acabou casando-se com Serge. Como tantos outros casais do universo musical (Cher e Sonny, Lennon e Yoko), os dois eram memoráveis. Arrancavam olhares curiosos e admirados por onde passavam.


De lindo em Jane, não havia somente a voz. A menina exalava beleza e sensualidade. Bem ao estilo Lolita, era dona de um ar inocente, de quem parecia nem se importar com toda a badalação que envolvia seu nome. E é extenso o seu curriculo. Consultando a Wikipédia, a filmografia de Jane (sim, ela era também atriz) soma em torno de 70 filmes. Quanto aos discos, mais ou menos 16 albuns lançados... sejam eles solos ou em parceria com outros cantores. Entre os principais, lógico que esta o famoso dueto com Serge.


Como nada é eterno, o casamento quase perfeito veio ao fim. Após a separação, Jane lutava para sair da sombra daquele que a impulsionou para o sucesso. Tentava seguir a vida, divulgar seu trabalho. Serge faleceu em 1991. E ela, continua cantando e atuando, não com a mesma energia de antes, e nem com os mesmos atributos físicos, já que o tempo tem fome de juventude alheia. Mas, seja como for, sentirei no corpo um arrepio toda vez que ouvir o canto de Jane Birkin. Je t'aime, je t'aime... ou oui je' t'aime... oh mon amour.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Um pouco de Açucar


É incrível, como você tem o poder de mudar minha vida com meia dúzia de palavras. O poder de encher meu rosto de sorrisos tenros e de olhares plenos. De inflar com bons ares o peito e enfeitar de suspiros os meus dias. Em meu ouvido, toda noite, tua voz lateja. A pele eriça, dói a ausência. Fecho então os olhos para o sono, como se os fechasse para um beijo.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

O Fabuloso Destino...

Em 3 de setembro de 1973, às 18:28:32, uma mosca californiana, capaz de 14.670 batidas de asa por minuto pousou na Rua Saint Vicent, em Montmartre. No mesmo segundo, no terraço de um restaurante perto do Moulin-de-la-Galette, o vento esgueirou-se como por magia sob uma toalha de mesa fazendo os copos dançarem sem que ninguém notasse. Nesse instante, no 5º andar do nº28 da Rua Trudaine, 9º distrito, Eugène Colère, de volta do enterro de seu amigo Émile Maginot apagou seu nome da caderneta de telefones. Ainda nesse mesmo segundo, um espermatozóide de cromossomo X, pertencente ao Sr. Raphaël Poulain, destacou-se do pelotão e alcançou um óvulo pertencente à Sra. Poulain, em solteira, Amandine Fouet. Nove meses depois, nascia Amélie Poulain.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

"Venha quando quiser, ligue, chame, escreva - tem espaço na casa e no coração, só não se perca de mim."
Caio F.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009


"Tinha suspirado, tinha beijado o papel devotamente! Era a primeira vez que lhe escreviam aquelas sentimentalidades, e o seu orgulho dilatava-se ao calor amoroso que saía delas, como um corpo ressequido que se estira num banho tépido; sentia um acréscimo de estima por si mesma, e parecia-lhe que entrava enfim numa existência superiormente interessante, onde cada hora tinha o seu encanto diferente, cada passo conduzia um êxtase, e a alma se cobria de um luxo radioso de sensações!"


Eça de Queiróz - O Primo Basílio

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

De tudo ficarão três coisas

A certeza de que estamos sempre começando,
a certeza de que é preciso continuar,
a certeza de que seremos interrompidos antes de terminar.

Portanto devemos:
fazer da interrupção um caminho novo,
da queda, um novo passo de dança,
do medo, uma escada,
do sonho, uma ponte
da procura, um encontro.
E assim terá valido a pena existir!

P.S.: Há no Google diversas versões deste poema. A autoria é, por alguns, atribuída a Fernando Sabino. Outros dizem que o poema é de Fernando Pessoa. Para pôr mais lenha na fogueira, eu diria que é de Fernando Henrique Cardoso.