No meio da noite uma porta se abre. Um homem vestindo sobretudo preto surge na calçada. Ele caminha pela Rua da República em direção à João Pessoa. Seus passos são apressados. Com as mãos nos bolsos, ele atravessa a avenida e entra agora no Parque da Redenção. A madrugada é fria. Um rapaz passa por ele e logo desaparece no meio das árvores. Morcegos dão vôos rasantes à sua volta. De repente algo se mexe por entre as sombras. Ele se põe a correr. Próximo à Oswaldo Aranha, cruza com alguns punks, mendigos e vendedores de marijuana. Sobe a Rua Santo Antônio. Anda um pouco mais devagar. Pára em frente a uma casa azul de janelas brancas. Olha para os lados. Toca a campainha. Nada acontece. Toca a campainha novamente. Uma luz se acende no andar superior. Ele dá dois passos para trás. Olha para cima. A porta se abre. Ele coloca a mão dentro do sobretudo. Tira uma rosa. Beija a mulher que está à porta. Os dois entram. As luzes se apagam.
DB
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