domingo, 24 de julho de 2011




Vejo pelas redes socias tantos dizendo "hoje beberei pra homenagear a Amy!"... isso me faz pensar que, além de talentosissima cantora, ela de certa forma representava também essa fuga comportamental que tantos de nós encontramos quando, diante da rotina claustrofóbica do dia a dia, saímos pra desopilar, tomar aquela cervejinha com os amigos, tentar esquecer de todos os problemas e das preocupações recorrentes que nos oprimem, e que, vez ou outra, até mesmo passamos um pouquinho do limite. É estranho pensar assim, mas muitos de nós, em maior ou menor grau, nos identificamos com a ousadia dela. A ousadia de ultrapassar barreiras morais, de ir além do convencional, de agir de forma diversa ao que as pessoas esperam de nós. Não que as atitudes dela em si sejam louváveis, mas, como um todo, geram cumplicidade e admiração, pelo fato de expor nossas fraquezas. Por mostrar que a luta cotidiana é algo que devemos enfrentar cada um à sua maneira. A lembrança que quero ter da Amy é a daquela Amy exótica, da Amy original, dos penteados e das roupas estonteantes, da voz que nos toca fundo o peito, de tudo aquilo que fez ela ser o que era: grandiosa. Sentiremos saudade!

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